victor caramelo – guitarras / antónio caramelo – sintetizador / filipe sousa – bateria / miguel melo – baixo, voz


andreia marques – piano digital, voz

nuno silva – teclados, percussões, voz



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“Euphoria ”, era o refrão de um tema caótico, extremamente sugestivo, dos Associates, banda do cantor Billy McKenzie, que era dotado de uma voz portentosa e invulgar. Na altura dizíamos que ele era de certeza a referencia secreta do António Variações.

A música que os membros da Academia da Euphoria começaram por fazer correspondia à junção entre três pessoas com tendências musicais distintas. O Filipe, adepto do sinfonismo dos Genesis; o Victor, fervoroso apreciador de blues e guitarra clássica; o Miguel, influenciado pelas estruturas robóticas dos Kraftwerk.

Descobriram depois, através do programa de rádio “Som da Frente”, do António Sérgio, os Sound e os Chameleons, que os emocionaram profundamente e os marcariam para sempre como referencias.

As cassetes com a música destas duas bandas iam sempre na bagagem das viagens que faziam.

Iam para os Alpes Suíços, com o objectivo de arranjar dinheiro para comprar os instrumentos musicais.

Á altitude das soberbas montanhas do Valais, trabalhavam arduamente nas colheitas ao som dessas bandas. A musica funcionava como catalizador e ia entrando também pelos ouvidos dos colegas de trabalho, que iam ficando contagiados por essas atmosferas sonoras que desconheciam. Foi o que aconteceu aos italianos Luciano e Enzo, que ao fim de poucos dias já trauteavam, com sotaque napolitano, o “Second Skin” ou o “Pleasure and Pain” dos Chameleons. Por lá cruzaram-se com os ingleses Nick e Tânia, vizinhos do Billy Bragg, que juntavam dinheiro para irem viver para o Paquistão e também com o J.P. Simões, que na altura comprou a sua primeira guitarra para tocar com os Pop Dell Arte.

Voltavam inspirados. Passavam a maior parte do tempo a fazer música na cave do Filipe – um minúsculo espaço, onde se ausentavam da realidade quotidiana em busca de uma alternativa às rotinas da maior parte das pessoas da idade deles, que levavam uma vida ociosa ligada ao sol e à praia. Na cave apareciam regularmente vários amigos para os ouvir e ver a compor - uns mais audiófilos, outros não tanto. Por vezes também tocavam com eles.

Nessa altura, por volta de 85, começaram a participar nos concursos de musica moderna do Rock Rendez Vous. Aí adquiram alguma experiencia a tocar ao vivo. Faziam concertos com outras bandas. Fizeram a primeira parte dos Woodentops. Fizeram amigos, como o Farinha (Ocaso Épico), o Tó Trips (ex- Amen Sacristi, Dead Combo) e o Armando Teixeira (ex- Ik Mux, Balla).

A maior parte das letras em inglês eram escritas pelo José Caselas, autor do livro Phalo de Deus. Fizeram também parte da banda, o multi-instrumentista Nuno Silva, a harpista Andrea Marques e o teclista Tó Caramelo, que se fixou no grupo até à sua dissolução em 1990 - fase em que estavam a gravar um disco partilhado com os Lobo Meigo, produzido pelo Nuno Canavarro, numa iniciativa da Manuela Paraíso e do Jornal LP. Esse disco nunca chegou a ser editado devido á dissolução do referido jornal.

No passado dia 12 de Fevereiro de 2011, cerca de 20 anos depois, fui a Londres assistir a um concerto supersónico dos Chameleons(vox). Ainda ando atrás deles.... do Burgess e do Lever...

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Pertencíamos ao grupo de músicos que iniciou o movimento contra o Serviço Militar Obrigatório em Portugal. O grupo era coordenado pelo José Falcão e fizeram também parte o Zé Pedro dos Xutos, o Alex dos Rádio Macau, o Farinha dos Ocaso Épico, o João Aguardela dos Sitiados, O Morgadinho, dos Bastardos do Cardeal, o Filete e o Tó Trips dos Ámen Sacristi, o João Peste e o Adolfo Luxúria Canibal.

Fiz o desenho do “comandante manipulador de marionetas”, que foi inserido no painel pintado pelos activistas, no muro lateral direito da entrada principal do Instituto Superior Técnico.

Cerca de 10 anos depois, com o apoio de alguns partidos políticos a Lei contra O S.M.O. foi votada na Assembleia da República e o Serviço Militar deixou de ser obrigatório no nosso Pais.

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